Você aí, é, você mesmo! Tenho quase certeza de que você já deve ter escrito alguma coisa, ou pelo menos rascunhado alguma ideia sua, e diversas dúvidas surgiram. “Como posso deixar meu mundo mais interessante? O quão complexo deve ser minha trama? Como deveria abordar esse elemento da história e ligá-lo aos personagens?”
Um Mundo de Fantasia Reimaginado
Final Fantasy XVI, o mais recente capítulo da icônica série de RPG, oferece uma história rica e envolvente que cativará quem o jogar desde o começo. Sem entrar em detalhes que podem estragar as surpresas, vamos explorar a premissa básica da história e o cenário em que ela se desenrola. A história se passa em um mundo complexo e diversificado, composto por diversos reinos e nações.
Cada um desses reinos
possui sua própria cultura, política e conflitos internos, adicionando
profundidade ao mundo em que os jogadores se encontram. As tensões entre esses
reinos desempenham um papel central na narrativa, levando os personagens a se
envolverem em intrigas políticas e alianças estratégicas.
Valisthea, a
terra natal dos Cristais-Máter, enormes montanhas cristalinas que enchem as
terras ao redor com éter. Em torno de cada um dos Cristais-Máter, grandes
nações surgiram e, eventualmente, uma paz precária com eles, até que a Praga
começou a invadir as terras, consumindo o éter, e consequentemente a vida de
animais e plantas, deixando as terras inabitáveis por onde quer que ela passe.
Valisthea é dividida em dois continentes principais, o continente da Cinza no
leste e o continente da Tormenta a oeste.
Rosaria
O Grão-Ducado de Rosaria é
uma nação estabelecida pela união de pequenos países, com Rosalith como
capital, e está localizado na região centro-oeste da Tormenta. Quem governa
esta terra é o arquiduque de Rosaria, Elwin Rosfield. Eles estão em um conflito
de longa data com o Reino de Ferro, pela posse do Cristal-Máter chamado de Sopro
do Draco, situado em uma ilha vulcânica perto da costa.
Império de Sanbreque
O Sacro Império de Sanbreque
é um país religioso, com Oriflamme como sua capital imperial, que ostenta o
Cristal-Máter conhecido como a Cabeça do Draco sob seu domínio, e está
localizado na área nordeste da Tormenta. Aquele que governa esta terra é
adorado e conhecido como o "Sacro Imperador", reconhecido pela
população como a encarnação da única divindade verdadeira. As pessoas que
acreditam no deus único, Gerigor, desfrutam de uma vida próspera graças ao Cristal-Máter
que presenteia as províncias próximas com abundância de éter.
Waloed
O Reino de Waloed é o único
país que existe no continente da Cinza e sua capital é Stonehill. Ele tem um
Cristal-Máter sob seu domínio, conhecido como Espinha do Draco, que tem
sido usado para manter uma poderosa força militar e manter outras nações
afastadas, as quais terão suas fronteiras ameaçadas devido ao tamanho de seu
poder. O controle do reino sobre o continente já foi colocado à prova muitas
vezes por orcs e outros tipos de homens-feras, mas o atual rei teve sucesso em
sufocar essas rebeliões. Devido o avanço da Praga, e a perda de território,
relatos de avistamentos de homens-fera ao longo da Tormenta tem sido cada vez
mais frequentes.
Dhalmekia
A República de Dhalmekia está
localizada na área sul da Tormenta, e é constituída de cinco estados, dos quais
procedem os membros do parlamento que a governa. A capital deste país é
Ran'dellah, que está sob o domínio do Parlamento Republicano. A Presa do
Draco, seu Cristal-Máter, está semioculta no interior de uma cadeia de
montanhas, e o controle da república sobre ela e seu éter assegura a obediência
de grande parte da Valisthea meridional. Não há religião estatal aqui e a
liberdade de religião é reconhecida.
Reino de Ferro
Um pequeno arquipélago perto
da costa da Tormenta, a metade ocidental dos reinos gêmeos de Valisthea, tendo
Crake Reist como sua capital. Aqui reina suprema a ortodoxia cristalina, uma
crença ardorosa que venera os cristais. O Reino de Ferro disputa o controle do Sopro
do Draco, o Cristal-Máter que fica no centro de uma de suas ilhas, fonte de
uma longa disputa com a terra vizinha, Rosaria. Isolados e indiferentes às
nações continentais, os ferranos falam um idioma próprio. A doutrina ortodoxa
julga os Dominantes como abominações profanas, e qualquer um que tenha o azar
de nascer nessas ilhas é executado.
O domínio Cristalino
O Domínio Cristalino se situa
no coração de Valisthea, entre os continentes da Tormenta e da Cinza. Tem como
capital Twin Side, que foi erguida em volta do mais alto de todos os
Cristais-Máter, a Cauda do Draco. Ocorreram muitas batalhas sangrentas
pelo controle dessa pequena área devido à sua importância estratégica, até que
os reinos em guerra finalmente concordaram com um armistício. Como parte do
acordo de paz, as ilhas que rodeavam a Cauda do Draco se tornaram um território
autônomo liderado por um conselho de representantes das nações vizinhas, cada
reino desfrutando igualmente da bênção do Cristal-Máter.
Os cristais são fontes de
poder místico que desempenham um papel crucial na magia e na ordem do mundo.
Contudo, a história revela que esses cristais também estão ligados a conflitos
e lutas de poder, o que cria um pano de fundo intrigante para a trama
principal.
A partir dos Cristais-Máter,
as diversas nações do mundo construíram sua glória, sua história e cultura.
Descobriram que, ao usar partes do poder dos cristais, lascando versões menores
e portáteis dos maiores, poderiam usar o éter ao redor que o cristal extraísse,
e assim, usar e moldar a magia, produzindo água, vento, fogo, e outros
elementos que pudessem ser úteis no dia a dia das pessoas, assim tornando a
sociedade praticamente dependente deles, já que se tornaram um grande
facilitador para a vida do povo.
Um fenômeno estranho começou
a acontecer, e ninguém sabe ao certo o porquê. Algumas pessoas começaram a
nascer com a habilidade de usar magia sem a necessidade de um cristal, essas
pessoas receberam o título de “Portadores”, os quais logo, passaram a ser
considerados inferiores, anomalias, e até mesmo aberrações pelos outros.
Dessa forma, todo recém-nascido
passou a ser testado, e se fosse confirmado que era um Portador, ele passaria a
ser propriedade do Estado, e a partir disso, seria marcado em seu rosto com um
emblema que identificaria sua condição, e então tratado, direcionado para
diferentes trabalhos, e vendido como um escravo.
Eikons e
Dominantes
Um dos elementos principais
de FF XVI são os Eikons. Com a ideia de dar um foco nunca visto para as
invocações existentes ao longo das dezenas de jogos da franquia, os
desenvolvedores atribuíram a eles, o protagonismo da trama.
Seres mágicos gigantes, com
corpos feitos a partir do éter, são adorados e temidos pelo povo de Valisthea,
sendo adorados como divindades protetoras e usados como armas de guerra. Cada
Eikon tem um respectivo Dominante, um hospedeiro humano que pode invocar seu
poder para a batalha, os quais são usados como força militar por diversas nações,
sendo considerados trunfos durante os combates.
A história registra oito Eikons
no total, cada um com uma afinidade elementar única - um guardião de fogo,
água, trovão, gelo, vento, terra, luz e escuridão, sendo que existe uma crença
de que dois Eikons do mesmo elemento não podem coexistir.
A Fênix
Aparecendo como um pássaro
gigante e flamejante semelhante a um falcão ou águia, com penas laranja, verdes
e amarelas cobrindo seu corpo, e longas penas de pavão saindo de sua cauda. A
Fênix tem o controle de uma poderosa magia baseada em fogo, capaz de lançar
saraivadas de bolas de fogo e disparar um feixe concentrado de chamas de sua
boca para atacar seus inimigos. Além disso, possui incríveis poderes curativos
que podem ser usados em si, ou em aliados. Há muito tempo, os Dominantes da
Fênix nasciam dentro da já extinta Tribo do Fogo, hoje, eles nascem dentro da
família Rosfield, os Governantes do Grão-Ducado de Rosaria, sendo o atual Dominante,
Joshua Rosfield, o filho mais novo do arquiduque Elwin Rosfield.
Shiva
Shiva é o Eikon do Gelo,
aparecendo como uma mulher de pele clara com longos cabelos loiros platinados
adornados com ornamentos dourados, orelhas pontudas, uma grande coroa na cabeça
e um vestido branco. Ela é capaz de conjurar e manipular gelo para fins
defensivos e ofensivos, como lançar pingentes de gelo maciços como lanças ou
formar uma parede de gelo para se proteger, bem como bloquear fluxos de lava. A
Dominante de Shiva sempre nasce entre o povo dos Territórios do Norte, os quais
uma vez tiveram uma forte rixa contra Rosaria, a qual foi contida pelo
arquiduque Elwin, e atualmente são territórios já considerados inabitados
devido ao avanço da misteriosa Praga.
Titã
Titã é o Eikon conhecido como
Guardião da Terra, que aparece como um enorme humanoide de pedra, com a boca
sem carne e deixando os dentes expostos. Titã controla o elemento Terra e, por
ser o maior dos Eikons, possui uma força bruta incrível, capaz de quebrar o
solo abaixo dele e criar fissuras maciças com um único golpe e lançar grandes
pedaços de rocha nos oponentes. Ele também é capaz de gerar um campo de força
ao seu redor para desviar de ataques. O Dominante de Titã é Hugo Kupka, o
Conselheiro Econômico Permanente da República Dhalmekiana, que foi abençoado
com força hercúlea mesmo em sua forma humana e provavelmente contribuiu para
seu tamanho maciço.
Garuda
Garuda é o Eikon do Vento,
assumindo a forma de uma criatura parecida com uma harpia com dois pares de
asas na parte superior e inferior das costas, saliências semelhantes a asas na
cabeça, mãos e pés com garras e penas brancas e verdes cobrindo seu corpo. O
poder de Garuda sobre o vento permite que ela crie tempestades poderosas, como
tornados, envie rajadas de vento em seus oponentes e convoque elementais do
vento, uma habilidade compartilhada com seu Dominante escolhido. Ela também
pode usar suas garras para cortar e rasgar violentamente a carne de seus
inimigos, e suas asas permitem que ela voe a velocidades incríveis. A mais
recente Dominante de Garuda foi Benedikta Harman, líder dos Intelligencers do
reino de Waloed.
Ramuh
Ramuh é o Eikon do Trovão e
assume a forma de um homem idoso com uma longa barba branca, vestindo uma
túnica roxa e empunhando um cajado em forma de raio. Ramuh pode conjurar
poderosas rajadas de eletricidade chamadas Levinbolts. Ele também pode usar seu
cajado como uma arma de longo alcance. Originado da antiga Tribo do Trovão, é
dito que o Ramuh concede a seus Dominantes a dádiva do conhecimento, sendo
considerado o Eikon mais sábio dentre todos.
Bahamut
Bahamut, conhecido em outros
mitos e lendas como o imperador dos dragões, em Final Fantasy XVI é conhecido
como o Eikon Guardião da Luz, aparecendo como um grande wyvern (ou serpe, se
preferir) com escamas prateadas e asas enormes, e um terceiro olho no centro de
sua cabeça. Seu poder sobre a luz permite que ele dispare feixes de energia de
sua boca e dispare centenas de rajadas de energia semelhantes a mísseis por
meio de suas habilidades. O atual Dominante de Bahamut é Dion Lesage, príncipe
primogênito do Sacro Império de Sanbreque, filho do Sacro Imperador Silvestre e
líder da Sagrada Ordem dos Cavaleiros Dragões. Seres dracônicos são comuns
dentro do território do Sacro Império de Sanbreque, alguns até são usados por
cavaleiros em combate, e dentre eles, Bahamut é o mais sagrado, sendo
considerado uma honra para o Dominante possuir o poder desse Eikon.
Odin
Odin é o Eikon Guardião das
Trevas, assumindo a aparência de um humanóide blindado gigante com um capacete
com chifres, e monta um cavalo de seis patas. Odin possui controle sobre a
magia das trevas, e empunha uma lâmina negra que pode cortar qualquer coisa e
gerar rajadas de energia mortais. Essa lâmina pode ser usada tanto por Odin
quanto por seu Dominante escolhido para um efeito mortal. O atual Dominante de
Odin é Barnabas Thamr, rei de Waloed. A relação entre Odin e Bahamut é
discutida com certa frequência, já que ambos apresentam rivalidades em
batalhas, além de ambos controlarem elementos opostos.
Ifrit
Ifrit é o segundo Eikon do
Fogo (também chamado de Protetor do Inferno), que assume a forma de um ser
demoníaco com grandes chifres, focinho de lobo e uma juba de cabelos brancos
descendo pela nuca. Sua existência deveria ser algo impossível de acordo com as
crenças de Valisthea, e muito pouco se sabe a seu respeito desde então. Muito
parecido com a Fênix, Ifrit possui magia baseada em fogo, que lhe permite
lançar bolas de fogo e criar poderosas rajadas explosivas que funcionam como
proteção contra-ataques, bem como disparar uma rajada de fogo concentrado de
sua boca.
Um Conflito Épico
Em Final Fantasy XVI, somos
apresentados a Clive Rosfield (apelidado também de Cláudio Rosbife). Ele é o
filho mais velho do arquiduque de Rosaria e irmão de Joshua, o Dominante da
Fênix.
Apesar de ser o primogênito,
Clive não herdou o poder do Eikon. E para encontrar um propósito para si, se
tornou o Primeiro Escudo de Rosaria, encarregado de proteger Joshua, e assim
foi abençoado pela Fênix, permitindo que usasse parte de suas chamas.
Durante um rito de passagem
para seu irmão mais novo, num lugar chamado de Portão da Fênix, eventos
trágicos envolvendo a primeira aparição do segundo Eikon de fogo, Ifrit,
levaram Clive a embarcar em uma busca por vingança, a qual ele descobriria que
os motivos por trás da tragédia são muito maiores do que ele próprio.
Beleza, agora que já
apresentei o mundo, e a sinopse da história, quero que pensem a respeito e me
digam, por que ela parece tão interessante? Bom, já respondendo, é por mostrar
a complexidade em muitas camadas que a história se propõe a desenvolver.
Claro que na sua novel, você
não vai colocar um resumão do seu mundo, conceitos e personagens, tudo isso vai
ser desenvolvido com o passar do tempo, assim como no jogo, muitas coisas na
sua história devem ter hora e lugar para serem contadas, e algumas, não diga,
mostre, será muito mais impactante e terá um efeito mais grandioso durante a
leitura.
Contar uma história num universo
“conhecido”, como em fantasias medievais, é onde devemos por nossa criatividade
a prova, nos inovar e sempre tentar melhorar e deixar o enredo mais
interessante, sem querer copiar uma fórmula que vai deixar sua novel genérica.
Por isso, aqui está uma
indicação de obra, Final Fantasy sempre brilhou nas suas histórias, mas aqui se
encontra um exemplo bem recente e feito com muito polimento. Lembre-se de que, criar
um mundo complexo é ótimo, mas saber dosar o tamanho dele, e o que você vai
mostrar durante a história, é ainda mais importante do que a elaboração dele.
Bem, isso é tudo, pessoal. Peço
desculpas pela postagem longa, mas eu realmente senti que precisava fazer dessa
forma. Final Fantasy XVI é um jogo excelente, cativante, e muito divertido, e senti
que uma postagem curta não traria à tona o que ele representa de verdade como a
narrativa sólida que ele é.
De qualquer forma, agradeço demais a você que chegou até aqui, deixa um like aí para ajudar e comente o que achou, realmente queremos saber o feedback de todos. Se gostam do que o MLN oferece, considerem se tornar um apoiador em nosso Apoia-se! De pouco em pouco, vamos trabalhando para melhorar ainda mais o blog! Obrigado por tudo, e até a próxima!
Acho que essa é uma das suas melhores postagens, Joaquim. QUANDO ESSE JOGO SAI FORA DO PS5? AAAaaaaaa (PД`q。 ) ·。 ' ゜
ResponderExcluirPrometeram o jogo para PC, mas não deram uma data ao certo. Esperamos que daqui mais ou menos 1 a 2 anos o pessoal do PC possa aproveitar essa obra também.
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