A Jornada do Herói - Parte 1

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Sim, finalmente chegou a hora.

Olá, caro leitor! Finalmente chegou a hora de falar sobre ela, sim, ela mesma. Ela, que está sempre te observando...
 *palmas* A JORNADA DO HERÓI! *palmas*

Então, está pronto para entrar no mundo do heroísmo, da luz, das trevas, do treinamento duro e dos clichês tão clichês que nem são mais clichês?



Antes de tudo, dê uma olhada nesse diagrama:


Demonstração do Ciclo.


Okay, já dá pra ter uma visão geral a partir daí. Contudo, vamos por partes – como diria nosso amigo Jack. Primeiro, para conheceremos a Jornada do Herói, precisamos entender o que é uma Jornada e o que é um Herói.

Jornada: Trajeto pelo qual o indivíduo ultrapassa objetivos ou dificuldades impostas a ele por fatores externos.
Herói: “É aquele indivíduo, geralmente o protagonista da história, que busca alcançar objetivos nobres e de bem através de meios justos e moralmente aceitáveis. Possui qualidades admiráveis num ser humano, como coragem, fé, determinação, perseverança e honra.”
 (Retirado do post sobre Arquétipos Narrativos, do saudoso Sagami Riku.)

Logo, somando A+B, temos que:

“A Jornada do Herói se trata do caminho que um indivíduo admirável – ou nem tanto assim – seguirá, passando por inúmeros objetivos e dificuldades que irão colocar todas as suas qualidades em prova, para que, no final, ele seja recompensado de alguma maneira.”

Agora que já entendemos os conceitos, está na hora de entrar mais a fundo nisso. Vamos ao primeiro trecho da história, que mostrará o protagonista em seu dia-a-dia.

“O Herói era o mais simples dos camponeses. Suas mãos estavam sujas de terra, seus braços suados devido ao sol escaldante, sua cabeça estava prestes a derreter com a temperatura alta daquela tarde de verão. Contudo, algo estranho aconteceu enquanto ele cavava sua hortinha no fundo do quintal.”

Diga: Mapa, mapa, mapa!

Epa! Estamos na primeira parte da Jornada. Aqui temos o Herói, em seu mundo comum, fazendo coisas que heróis fazem quando não são heróis ainda. O mundo comum é parte da sua zona de conforto, parte de seu cotidiano. Ou seja, é tudo aquilo que está ao redor do Herói – no caso, provavelmente uma pequena cidade do interior, sua casa de madeira e sua hortinha.

“Ele percebeu que havia algo errado. Espera, aquilo era um papel? Ele ficou curioso com aquilo, afinal, em uma sociedade onde eram poucos os letrados, e haviam menos livros ainda, encontrar um pedaço de papel no chão era quase um sacrilégio. Abrindo-o, descobriu que se tratava de um antigo pergaminho. Ele dizia que uma grande profecia estava prestes a se concretizar. Mas para isso o Herói precisaria largar tudo e partir em uma aventura totalmente nova, em lugares desconhecidos e com inúmeros perigos.”

Agora estamos nos movendo no ciclo. Chegamos na segunda parte, e normalmente uma das mais legais de todo o livro que contém a Jornada: o Chamado à Aventura.  

O Chamado normalmente vem acompanhado da figura do Ancião, aquele velho de longas barbas brancas, que empunha um cajado e tem um ótimo senso de humor. Mas é claro que isso pode variar de acordo com a história. O ponto chave é o Chamado ser um filme de terror o elo de ligação entre o Herói-homem-comum e o Herói-no-caminho-para-ser-um-herói.


Seria Saphira o chamado de Eragon?

“— Aventura? Perigos? Isso só pode ser dos tempos em que não havia Rei – disse, amassando o papel. — Prefiro continuar com minha vida atual e real, obrigado.”

É, parece que nosso personagem não levou a mensagem muito a sério. Entretanto, isso é algo bem comum na trajetória de um Herói. Quantas vezes você não pensou antes de tomar uma decisão importante, ou se perguntou se aquilo era realmente verdade, de tão bom que era?
Nossos personagens são seres racionais como nós, logo, também têm medos e questionamentos.

“Embora tivesse recusado seu chamado, ele ainda pensou sobre aquilo o dia todo. Seria possível viver uma aventura épica, como nas histórias que circulavam pelo vilarejo?
Ele gostaria de ser um cavaleiro de armadura reluzente, montado em um dragão dourado, que combatia o mal com magias luminosas. Contudo, não passava de um simples fazendeiro. Até a noite daquele mesmo dia.
— Herói... — disse uma voz aguda e serena. — Não rejeite seu manto.
— Quem está falando? — gritou, assustado, olhando para os lados. — Revele-se agora, demônio!
— Você tem certeza disso, Cavaleiro do Dragão Dourado? — sussurrou a voz.
— C-Como você sabe disso? — Seus lábios estavam secos, as pupilas dilatadas, e o corpo tremia sem parar. Mas ele continuou falando, com sua voz trêmula. — Eu sei que é um demônio!
— Estou muito longe de ser um desses mitos criados pela imaginação humana, pequenino. — A voz tornou-se aveludada e uma sensação de calor percorreu toda a moradia do fazendeiro. — Apenas aceite o que o destino lhe reserva e poderá ter tudo o que quiser. Eu garanto.
— Como irei confiar em alguém que eu não conheço? — gritou mais uma vez.
— Mas você conhece meus escritos. Ou, melhor dizendo, uma parte deles. Caso aceite, encontre-me no lugar Você Sabe Qual, em Você Sabe Onde.
— Espere... Não é possível!
Ele gostaria de continuar a falar, mas a voz parou de escutá-lo.”

Parece que as coisas estão começando a ficar estranhas para o Herói. Após recusar o chamado, uma presença sobrenatural contata-o na mesma noite, dizendo para aceitá-lo de uma vez. Ao que parece, aquela estranha voz conhecia o garoto. Ela o prometeu felicidade e tudo o que ele desejasse.
Essa parte da jornada é chamada de “Encontro com o Mestre ou Entidade Sobrenatural”. É muito comum vermos isso acontecer logo depois de sermos apresentados ao cotidiano do herói – seu mundo comum, lembra? –. O mentor pode até ter sido apresentado anteriormente, contudo, é agora que os laços e as dúvidas ficam mais fortes.

“Depois de passar a noite em claro, decidiu dar uma chance à voz. Afinal, ele não tinha nada a perder.”

Finalmente ele aceitou se casar comigo seu destino! Mas isso não é algo necessariamente bom. Após horas, dias ou anos de reflexão, o protagonista decide seguir na jornada. Este é o primeiro passo e o mais importante também. Aqui é onde o Herói enfrenta o Inimigo do Limiar – um vilão, um inimigo ou si mesmo – e decide entrar de cabeça na aventura.

Agora a aventura começará de verdade. Inimigos, aprendizados, derrotas e vitórias.
Os testes que ele enfrentará prepará-lo-ão (nossa, uma mesóclise, gnt, tira um print) para o Mundo da Aventura. É nessa etapa em que os inimigos aparecem, mas os amigos também. Além, é claro, da figura do Mestre que serve para guiá-lo durante suas dolorosas provações.

Herói desconhecido foi flagrado saindo para uma Jornada.


Eu acho que já falei demais. Agora é sua vez de me mostrar a Jornada do Herói!

Diga para nós o que irá acontecer com o Herói:

  • Quais inimigos ele encontrará? Eles se revelarão inimigos?
  • Ele passará por testes? Como serão?
  • Ele terá amigos?
  • O que ele aprenderá com eles?
  • Ele conseguirá chegar ao destino de sua jornada?
  • Ele terá um plano para entrar ou só vai chutar a porta?

Coloque nos comentários o que irá acontecer com ele, pois na próxima parte estarei lendo todas as ideias e colocando-as na história, para que possamos conhecer o desfecho da história de nosso protagonista fazendeiro.

Nos vemos logo mais, lords e madames!

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