Revisando o significado
PLEONASMO LITERÁRIO
Faz o seguinte: vai viver a sua vida e me deixa em paz com meus joguinhos de azar!
Nesse exemplo, o autor reforça a importância de deixá-lo sozinho ao repetir a ideia de que seu ouvinte deve cuidar de sua própria vida, repetindo essa ideia com a aproximação de "viver" e "vida".
Eu preciso descer lá pra baixo! Minha entrega está chegando!
Agora, diferente do exemplo anterior, esse ferona utilizou o pleonasmo como vício de linguagem. Aqui, ressaltar a ideia de "descida" foi inútil e nada acrescentou ao discurso (além de uma provável resposta envolvendo "Mas você queria descer pra cima?").
ELIPSE
Por favor, estou escrevendo um trecho importante da minha obra Heroes of The Rising Sun and the Magnificent Dawn. Depois cuido da janta.
Nesse caso, a elipse ocorreu porque o autor escondeu o "Eu" em "Por favor, [eu] estou escrevendo um trecho importante" e em "Depois [eu] cuido da janta". Perceba, inclusive, que esconder o sujeito deixou a frase menos repetitiva. Afinal de contas, ninguém merece ter que ler páginas e páginas com pronomes repetidos, não é?
Não, a gente não daria certo. Sabe como é. Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.
Nesse ditado popular, a elipse serve para omitir o verbo "Ser". Sem utilizar a elipse, a frase ficaria: "Por fora, [é] bela viola; por dentro, [é] pão bolorento."
ZEUGMA
Aquele ferona foi reprovado três vezes; o outro, cinco.
Na frase acima, o avaliador utiliza a zeugma para suprimir a ideia de reprovação sequencial. Sem a zeugma, a frase ficaria "Aquele ferona foi reprovado três vezes; o outro [foi reprovado] cinco [vezes]". Percebeu como a zeugma omite o que já foi dito, enquanto a elipse omite termos novos?
POLISSÍNDETO
Eu só queria um mês de férias e um aumento de salário e uma licença de cinco meses e talvez mudar de cidade. Nada muito drástico.
Aqui, o autor utilizou a conjunção "e" para passar a ideia de acréscimo de benefícios que ele gostaria de receber.
ASSÍNDETO
Eu só queria um mês de férias, um aumento de salário, uma licença de cinco meses, talvez mudar de cidade. Nada muito drástico.
ANÁFORA
O ferona lia, o ferona pensava, o ferona escrevia, o ferona enviava e o ferona reprovava. Por fim, o ferona começava tudo de novo.
Aqui, o grupo "o ferona" foi repetido sucessivamente para enfatizar as ações realizadas por esse sujeito. Não seja como ele.
ANACOLUTO
Feronas, como eles são complicados de fazer entender.
Perceba que o termo "feronas" praticamente ficou isolado do restante da frase. Você consegue entender a relação dele com a segunda metade, mas ele não tem uma relação sintática específica. Entretanto, é inegável que, nesse caso, o ferona roubou todos os holofotes.
E por hoje é só! Vejo vocês no mês que vem com a última parte da nossa série de Revisando! sobre Figuras de Linguagem. Espero vocês lá!