MLN Recomenda - Yakuza: Like a dragon

Yakuza: Like a dragon, também chamado apenas de Yakuza 7, é o oitavo título na série principal de games de RPG Yakuza, desenvolvido pela Ryu Gotoku Studio e publicado pela Sega. Lançado em 16 de janeiro de 2020 na Ásia e no Japão, e posteriormente no ocidente, o jogo foi um sucesso comercial, e veio como um refresco tanto para a série de jogos, quanto para os RPG’s já existentes na indústria. Atualmente o título está disponível para as plataformas da Sony, Microsoft e para PCs.

Ichiban Kasuga, um membro de baixo nível da família Yakuza em Tóquio, é condenado a 18 anos de prisão após assumir a culpa por um crime que não cometeu. Mantendo seu otimismo, ele cumpre a pena com lealdade e ao retornar à sociedade, descobre que ninguém o esperava do lado de fora e que seu clã foi destruído pelo homem que ele mais respeitava.

Ichiban decide buscar a verdade por trás da traição de sua família e recuperar sua vida normal, aliando-se a um grupo desorganizado de rejeitados da sociedade: Adachi, um policial corrupto; Nanba, um ex-enfermeiro morador de rua; e Saeko, a recepcionista que tem sua própria missão. Juntos, eles se envolvem em um conflito crescente no submundo de Yokohama e devem vencer os desafios para se tornar os heróis que nunca pensaram ser.

A trama se desenvolve de uma forma realmente interessante, ela prende o jogador e em momentos chave, ela de fato faz a cabeça de quem está acompanhando-a virar por completo, os plot twists são muito bem-feitos, a construção narrativa e o desenvolvimento dos personagens são super críveis e complexos, e confesso que me emocionei ao chegar no desfecho dela.

Os personagens

Geralmente, em jogos desses gêneros, temos um time que podemos montar e modificar para enfrentar nossos inimigos. O mais interessante aqui é que a grade de personagens disponíveis para montar seu time são todos adultos, sendo que alguns têm mais de 40 anos, criando situações diferentes e a sinergia gerada entre eles, tanto em gameplay, quanto em história, se torna única e cativante.

Ao longo do jogo, nós nos deparamos com diversas histórias secundárias, cada uma mais interessante do que a outra. São situações diversas, algumas dramáticas, outras engraçadas, e outras bem bizarras, mas todas bem divertidas e que com certeza vão te prender enquanto traça seu caminho pela história principal.

A substituição de Kiryu por Ichiban depois de sete jogos foi um tanto inesperada, porém, o novo protagonista não decepciona em nenhum aspecto, já que de certa forma, ele contrasta com aquele olhar e postura sempre séria de Kiryu, com bom humor e um sorriso em seu rosto para enfrentar os desafios que são postos em seu caminho.

Além de tudo, a produção e direção do jogo proporciona ótimos momentos para quem avança até as camadas mais profundas da história. A dublagem é excelente em todos os idiomas disponíveis, mas minha recomendação fica por jogar em japonês, já que temos excelentes profissionais atuando no elenco principal e até secundário do título, sendo que algumas das vozes são até marcantes para alguns. Segue abaixo alguns exemplos:

Quero ver você jogar e reconhecer o dublador só de escutar o personagem falar.

Jogabilidade

Enquanto desvenda os mistérios de Yokohama junto de seus novos companheiros, Ichiban e seu grupo enfrentam muitos adversários durante o percurso, dos mais variados. E eu falo sério, os inimigos aqui vão desde um homem que se veste de saco de lixo, até um chimpanzé fêmea pilotando uma escavadeira... pois é, um tanto diferente, não?

Bom, aí que está a graça, seja tendo que enfrentar humanos, feras ou máquinas, todos os combates agora serão por turnos, o que não é uma mecânica ruim, já que foi bem-feita, o que tornou as lutas fluídas e em alguns casos, bem intensas. Durante as lutas, podemos atacar, usar ataques especiais, focados em um inimigo, ou em área, nos defender, nos curar, curar aliados, aumentar status de membros do time, diminuir status de inimigos, e a graça é que tudo isso muda se você alterar a profissão dos personagens.

Sim, isso mesmo. Em um determinado ponto da história, precisamos arrumar um emprego e eu aqui achando que escaparia disso no videogame, e graças a isso, a ocupação, ou profissão do personagem muda, alterando consequentemente sua arma e suas habilidades. Em suma, é uma mudança de classe para o personagem. Pode parecer simples, mas só esse fato, muda bastante a estratégia de combate e para quem quiser tentar os níveis mais difíceis, vai precisar se atentar a isso também.

Como um adicional, também temos um sistema de invocação. Sim, podemos invocar personagens que encontramos ao longo da campanha principal e por histórias secundárias, por um tipo de disque ajuda, e com isso, podemos invocar uma lagosta, uma galinha, sim, isso mesmo que você leu, e um monte de outros personagens. Cada um com um movimento único e certeiro.